quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Se der errado, tudo bem.


Subi as escadas e te vi sentado junto aos amigos, um tanto solitário, pensativo. Aquele olhar fixado em mim, me desafiando, dizia: “Vem”. E eu fui. Me sentei bem ao seu lado e ali, sem perceber, começamos o primeiro dia de toda nossa vida. Você começou o papo falando de sua ex, de como estava sofrendo por ela, como se eu já a conhecesse. Mas achei que era só um meio de desabafar sem ter que explicar detalhes, então ouvi atentamente, mas tudo o que conseguia pensar era: “Como eu queria te beijar agora”.
O papo verteu para outros temas (ufa!) e eu, volta e meia, saía da mesa na esperança de que você viesse atrás de mim e finalmente me beijasse. Não aconteceu!
Finalmente saímos do bar e fomos à casa de amigos em comum e lá vivi uma realidade surreal. A cada dedo entrelaçado com o meu, a cada carinho em meus cabelos, uma dúvida morria e nascia a intensidade da certeza de que eu queria muito te beijar e queria mais ainda que aquilo tudo durasse para sempre. Surgiu a oportunidade de irmos lá fora e, finalmente, você me beijou. E foi tão intenso, tão verdadeiro, tão completo, tão sem definição que ao acabar o beijo e só pensava: “O que devo fazer ou dizer agora?” e, no fim, as coisas tomaram forma por si só.

Voltamos para o meio dos amigos e foi mágico ver como eles torciam por nós.
Os dias se passaram e nós, ao contrário de todas as regras de amor e relacionamentos, fomos ficando cada vez mais próximos e ligados.Se existe amor à primeira vista? Sim. Se existe amor verdadeiro desde o primeiro momento? Sim. E não há nada que me faça querer uma história diferente da nossa, porque cada dia é um novo dia, mas o sentimento se fortalece e, melhor do que isso, nossa cumplicidade se fundamenta cada vez mais.
Se eu pudesse contar nossa história para mais alguém, eu diria: “Quando os olhos disserem “Vem”, vá!” Vá na hora, sem medo, não espere, não se deixe segurar por ninguém. Vá e só depois veja o que deu, porque só podemos saber onde algo vai dar quando arriscamos ver onde vai dar.
Não existe mapa para saber que caminhos uma relação pode tomar, mas existem sentimentos que nascem sem explicação, sem sabermos de onde nem como e eles podem ser nossa alma nos dizendo “É ali que quero morar”, então vá! Se der errado, tudo bem. Você tentou e vai poder tentar de novo outras vezes. Melhor saber que não deu certo porque tentou do que passar a vida toda sem saber se daria ou não.


Texto escrito por: Thatu Nunes  > thatununes.wordpress.com <

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