quarta-feira, 4 de novembro de 2015

O mundo dá voltas não é mesmo?

Me desculpe por ter agido da mesma forma que você agiu a quase quatro meses atrás. Me desculpe por ter sido um palhaço da mesma maneira que você foi. Eu queria estar falando tudo isso na sua cara, e perguntar como você se sente agora. Isso é, se você sente alguma coisa.

Não foi fácil te ver deslocado, sem rumo naquela balada. Não foi fácil rejeitar todas as suas investidas a fim de conseguir uma aproximação. Mas foi muito fácil lembrar de todas as noites em que chorei. E principalmente lembrar daquele 11 de julho, assim como você vai sempre se lembrar desse 1 de novembro.

Me fale como foi ir embora pra casa, lembrando e relembrando da cena que você viu. Fale de como foi difícil deitar a cabeça no travesseiro, ou transar com outro com a tentativa de me esquecer. Você disse pra ele o que aconteceu? E de como dói? O sanduíche estava bom?

Eu não planejei isso, e mesmo que tivesse, eu não me arrependo. Tudo que vai, volta. A vida acabou devolvendo o que você havia tirado de mim. Tudo o que perdi na noite em que você me mostrou quem você era, eu peguei de volta. Pela primeira vez pude respirar o ar que havia me tomado.


Acabei nem me preocupando com outra pessoa que tentava arrancar a minha atenção, e inclusive pegou um amigo com a intensão de me atingir. Eu estava feliz, estava livre. Nada, nem ninguém estragaria o que havia acontecido. Meu foco era outro, meu foco naquele momento era você.

As vezes é preciso desacelerar. É preciso deixar o passado no lugar dele e tomar um rumo diferente. Nem sempre a justiça vem na hora certa, mas ela sempre vem. Hoje posso dizer que acabou a guerra, e a paz voltou a reinar. Meus soldados já estão em casa, todos cansados de tanta guerra, e o rei e a rainha já estão no seu devido lugar.

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