Não me olhe desse jeito, você me assusta. Assim eu penso em voz alta. Seus olhos já me convidam para uma aventura que talvez não tenha volta. Sua boca através de um breve sorriso, me alerta sobre o perigo que é conhecer todas as possibilidades. Eu continuo parado enquanto alguns amigos ainda tentam me convencer de ir ao bar pegar mais uma bebida. Sem chance! Respondo com aquela cara de quem sabe o que quer, e agora eu quero você.
Seu olhar me convida a navegar mais perto e a cada passo que eu dava o frio na barriga aumentava, a minha mão transpirava e a vontade de você já estava mais do que me dominando. Na altura do campeonato eu estava entregue e doido pra fazer dar certo mesmo que pela última vez.
Um passo ou talvez dois nos separam agora e eu não consigo me lembrar de ter sentido isso antes. Mais um passo e pronto já posso sentir sua respiração, seu corpo perto do meu e seus olhos (a esses olhos) só não são mais famintos do que a sua boca, que agora procura a minha como se fosse boa o suficiente pra poder comer.
A sua mão passeia pelo meu corpo como um bandeirante em busca de ouro e isso me deixa mais perto de entregar tudo o que eu tenho pra você. Eu te arrasto para o canto mais escuro enquanto sua boca procura mais coisas a explorar. Você tem sede de mais vontade, e eu tenho à vontade em minhas mãos.