sexta-feira, 27 de maio de 2016

Eu Tentei

Acabou. Olho para o celular e repito em voz alta "Acabou!'' Tentei transformar migalhas em pão, tentei não me sentir sozinho mesmo com você ao meu lado. O que eu mais fiz foi tentar, mas tentativas não são uma garantia, tentativa é um quase e quase não é o suficiente para me fazer ficar. 

Continuo olhando para o celular e já me apresso para apagar seu número antes que eu me arrependa e volte atrás. Eu sei que excluir seu contato não vai apagar você da minha vida e muito menos sanar a nossa pequena e conturbada história, mas já é um primeiro passo pra eu poder afirmar, para dizer a mim mesmo: "- Eu consegui." 

Na primeira vez em que você se foi eu tentei entender e cheguei a me questionar se eu deveria desistir de imediato, de fugir enquanto era tempo, mas pensei que era apenas uma maneira de me sabotar. Você agora está indo pela segunda vez, tentei chorar e como sempre eu não consegui, eu sempre soube que o problema não estava comigo, pois sempre acreditei que o problema está em quem não consiste em tentar. Eu tenho a certeza que estar sozinho comigo mesmo não será pior do que continuar sozinho ao seu lado.

Quantos nãos eu tive que engolir, e quantos nãos eu também tive que dar. Não é a primeira vez que eu passo por isso, e acredito também que não será a última. Decepções são coleções que guardamos pra vida e temos que superara-las. Aliás superar vai ser sempre a palavra, quem supera se supera e aprende a viver. O bom da idade talvez seja isso, a gente acaba aprendendo que nem tudo é o fim do mundo e o que for pra ser seu será.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Amor Perigoso

Muitas vezes (ou na maioria delas) falo aqui no blog sobre coisas que aconteceram. Infelizmente o passado é aquela semente de feijão esquecida ali em algum canto, que só espera um pingo de água ou um mínimo qualquer de umidade possível para poder desabrochar. Uma gota no oceano faz a diferença quando alguém está sedento por água.

Quando você se entrega ao passado e aos demônios que ele carrega, você corre um grande risco de jogar todo um presente, e quem sabe um futuro em alto mar. Eu te amo no presente, até meu passado não voltar. É complicado conviver com alguém que te ama por contrato de aluguel. Não vou julgar, pois por muitas vezes eu agi assim, e na maioria das vezes me dei mal. Mas eu me lembro de ser bem honesto, e deixava claro o que estava acontecendo. Se você é ansioso como eu sabe que não existe resposta pior que a do silêncio.


Eu sempre fui mestre em entrar nesses amores perigosos (Dangerous Love) seja por perigo próprio ou eminente pelo outro, eu nunca tive um relacionamento que permanecesse na linha, no equilíbrio. Minhas relações sempre estiveram em corda bamba e uma hora alguém caía. Mas algo que eu nunca vou arrepender é de não ter tentado, sempre tentei. Acredito que a não tentativa é a incerteza de um gostar, querer e desejar. E se não há nenhum desses três sentimentos não temos motivos pra continuar.


"É amor, quando foi tão fácil dizer adeus?
É amor, quando desistimos mesmo antes de tentar?
É amor, quando você roubou minha paz de espírito?
É amor, quando você chora, chora e chora?" 
- Leave me lonely

quarta-feira, 4 de maio de 2016

A responsabilidade de ser um irresponsável

Quando temos dezoito ou dezenove anos pensamos de uma forma, aos vinte ou vinte e um de outra e eu agora com vinte e dois caminhando para os vinte e três anos estou pensando de uma forma totalmente diferente do que há três quatro anos atrás. Ainda estou me perguntando porque eu não resumi isso tudo até agora dizendo que eu hoje com vinte e dois já tenho um pensamento diferente dos meus dezenove, mas enfim continuemos.

Estou em uma fase em que a segurança fala mais alto do que qualquer sonho que eu tenha. Mesmo que eu tenha vontade de largar tudo e viver na "praia", sei que existem consequências para tal ato. Segurança a qual me refiro é nada mais ou nada menos que estabilidade. Infelizmente não tenho mais os meus dezenove anos onde eu pensava de uma forma mais despretensiosa e que o impulso falava mais alto. 
Eu não sou o tipo de cara que manda tudo a merda e muito menos abre uma garrafa de cerveja depois daquele dia chato. Eu tenho a consciência de que mandar as coisas a merda ou me embriagar não resolverá nenhum problema, muito pelo contrário, vai piorar mais. Tenho vontade? Ás vezes, mas não combina comigo, devo confessar que a linha rebelde e menos calculista não combina em nada com a minha personalidade.

Tenho sonhos? Sim vários, mas eles apenas me propõem um futuro, pois o real é aqui, agora.

Por isso se você tem dezoito anos por aí, o meu maior concelho é: Aproveite! yaas, aproveite pois passa. Me sentindo o tio agora, mas é a verdade, aquela famosa frase "cabeça nas nuvens, e os pés no chão'' nunca fez tanto sentido pra mim como hoje. Até pra ser irresponsável deve se ter um tipo de responsabilidade, nem que seja pela consciência. Talvez amanhã eu possa mudar de ideia e sair por aí mandando um foda-se pra todo mundo, mas amanhã já é outro dia.