sábado, 1 de abril de 2017

Depois do fim


Sexta feira 21:51 acabei de me arrumar e estou esperando alguns amigos me avisarem que estão prontos para eu poder sair de casa e encontra-los em algum bar na cidade. É a primeira vez depois de sete meses que saio sem você. Claro que eu já saí sozinho com meus amigos durante todo esse tempo, mas assim solteiro, sem satisfação, ou um: beijo amor tô indo! É a primeira vez. 

Acho que não preciso nem falar do seu bom dia que não veio, e foi uma das coisas mais tristes que eu tive que superar depois do fim. Meus amigos até que tentaram preencher as minhas manhãs com um bom dia aqui e outro ali, mas não é a mesma coisa, não tem o mesmo sabor. E tem vários outros detalhes que faltaram e que dariam um livro se eu resolvesse escrever, explicar.

Outra coisa que faz doer e tem sido meio desesperador é pensar no que poderia ter sido feito ou evitado, onde erramos, o que faltou fazer ou dizer. No fundo eu sei que não faltou nada, e que conseguimos aproveitar cada momento, cada aprendizado e tudo o que nós dois nos propomos a fazer durante todo esse tempo, mas na superfície ainda é difícil entender.

Meus amigos agora deram um sinal, e preciso ir. Terminamos tão bem, que não tem nada e nem ninguém que poderá me fazer te xingar ou falar mal de você naquela mesa de bar, coisa quase que obrigatória quando se termina com alguém. Eu tive sem dúvidas os melhores momentos que já tive com alguém. Tenho grande admiração em tudo o que você imagina e faz. 

Nunca poderemos dizer que não demos certo, pois a gente deu certo sim e conseguimos manter 7 meses de união, respeito e cumplicidade. Passamos por fazes, descobrimos outras, rimos juntos e agora choramos também. Fique bem e eu ficarei, sorria e eu sorrirei, seja feliz e eu também estarei. Tão iguais e ao mesmo tempo tão diferentes eu escolhi você, e te levarei pra sempre aqui, mesmo depois do fim.   

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