Eu não estava preparado, estava confuso e confesso que ainda estou. Quando eu te encontrei não tinha noção do que era querer ficar e muito menos procurava por isso. Era pra ser um encontro casual, decidido em última instância no estacionamento da academia e sem real expectativas pra uma segunda vez.
Te vi e confirmei o que estava na foto, nada muito diferente ou que me fizesse arrepender. Você com seu jeito engraçado e embaraçoso com todas as palavras, ficou horas e horas falando e mal se deu conta que já havia me contado sobre sua família, amigos e até do desastre que foi o seu último relacionamento. Eu apenas olhava, observava e claramente só pensava na hora que você iria parar de conversar e me dar ao menos um beijo ou abrir uma brecha para que eu fizesse isso. Aconteceu.
Continuamos a conversar, e acabamos nos encontrando mais uma, duas, três e eu já tinha perdido total controle da minha vontade. Você demonstrava carinho e eu sempre ali preso a minha defensiva, prometendo e jurando que eu nunca iria me apaixonar. Os dias se passaram, algumas pedras foram cruzando nossos caminhos, e o meu jeito bem direto não ajudou muito e acabamos por nos desentender.
Você foi pro seu canto, eu viajei e quando eu voltei você já não estava mais. E foi nesse exato momento que eu me perguntei: Quando foi que eu te deixei ir? Já me fiz essa pergunta tantas vezes, e o que mais me machuca é saber a resposta. Eu sei o que te fez partir, e ter que concordar me dói.
Me desculpe por não reconhecer a sua entrega e por ter deixado a minha ignorância ganhar mais uma vez. Eu errei em não perceber desde o inicio a forma em que você me olhava, cuidava e mostrava com sorrisos abertos que estava ali por mim. Me desculpe por ser tão cego, só de pensar que eu estava errado. Eu corro quando as coisas estão bem e te machuquei completamente. Você não era meu tudo até que nos tornamos nada. Acho que você não da valor ao que tem até perder e essa dor é apenas uma consequência por ter te deixado ir.
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